AMAMENTAÇÃO PROLONGADA OU TARDIA, CONHEÇA OS DETALHES
Enquanto gestantes, pouco se pensa em amamentação por ser algo “instintivo” acredita-se que não requer conhecimento ou técnica e, logo após o nascimento, instaura-se um verdadeiro caos.
Existem exceções, mas vamos combinar que são raras!
No início caótico, sem ao menos a mãe acreditar em sua produção de leite, com traumas e fissuras mamilares, a crença de que a amamentação não será possível ou em poucos dias haverá a desistência são os pensamentos mais frequentes. No entanto, uma mãe desafiada descobre sua potência e enfrenta essa jornada e, tão brevemente a amamentação que não passaria de 20 dias, chegou no aniversário de 02 anos e esse é o ponto, a marca do início da amamentação prolongada ou tardia.
Claro que os olhares de reprovação e comentários deselegantes não cessam, eles só mudam de formato, o famoso “seu leite é fraco” dá espaço para “o seu leite virou água”. Assim como a primeira afirmativa é mito a segunda também, afinal, leitematerno é forte e nunca vira água.
O leite materno vai evoluindo e se ajustando conforme as necessidades do bebê. Ele deixa de ser o principal alimento quando o bebê completa o primeiro ano, mas ele continua sendo uma fonte riquíssima de nutrientes e imunidade, pode prevenir o índice de obesidade, reduz o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes, contribui na prevenção de doenças respiratórias e alergias e auxilia no desenvolvimento na cavidade oral da criança, já para a mãe segue na redução do risco de câncer de mama e ovário, além de ser um meio de conexão e afeto entre o binômio mãe-criança.
O leite materno é o mais completo alimento para os bebês, sendo esse o maior protetor de mortes infantis e, acima de dois anos, o leite materno fornece nutrientes fundamentais como vitaminas C, D, B6, cálcio, colesterol, sódio, potássio, carboidratos, açúcar, magnésio, proteínas, gordura e cobalamina, entre outras propriedades que contribuem na proteção e funcionamento intestinal.
Ao nos referirmos ao vínculo da mãe e criança na amamentação tardia, ele é um reforçador psicológico para a criança, que não busca a mama no intuito de satisfação nutricional e sim de segurança ou em sinal de refúgio em situações de angústia, é o local onde a criança se sente acolhida e protegida.
Quando se atinge a amamentação tardia, a produção de leite já está bem estabelecida, mas a doação de leite ainda é possível, portanto, se o desejo existir, busque auxílio de um banco de leite humano mais próximo ao seu domicílio e doe.
Um questionamento muito comum é de até quando deve-se amamentar, e essa resposta não existe. Fala-se em até sete anos, com base em análisecomportamental de outros mamíferos. Contudo, temos relatos de mulheres que amamentaram crianças com idade superior a sete anos.
O limite da amamentação diz respeito à mãe e sua criança, enquanto ambos estiverem confortáveis está tudo bem, já à medida em que a mãe estiver desconfortável ou a criança não demonstrar mais interesse, boas conversas devem surgir para o início do desmame.
De qualquer maneira, não importa o tempo da amamentação, o que importa é que o leite humano é fantástico, mutável e o melhor alimento que nossas crianças podem receber.
Amamente, cada gota faz diferença!
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Autora do post: Carolina Giusti, paulistana, mãe do Alberto, Remo e Eros. Autista, e mãe atípica. Graduada em direito, especialista em direito empresarial, consultora em aleitamento materno, educadora técnica terapêutica aplicadora ABA, idealizadora da Suave Tetê Produtos Naturais e Eu.Fêmea.