Precisamos desromantizar a amamentação!

Onde toda o comentário, redes sociais e imagens sobre a amamentação são lindíssimas poderiam ser trocados por mal-estar, tristeza, aversão, raiva, aflição ou mesmo afastamento do bebê quando colocado na mama.

Esses são os sintomas mais comuns e relatados por mulheres que amamentam, mas sofrem com a perturbação na amamentação ou mesmo com o D-MER (dysphoric milk ejection reflex) a disforia do reflexo de ejeção do leite. Isso significa que temos dois aspectos melhores definidos quando no referimos sobre a angustia na amamentação.

No primeiro, relacionado ao ato de amamentar em diferentes momentos e, o segundo, especificamente no momento da ejeção do leite materno.

A perturbação na amamentação pode ser desencadeada por alguns aspectos de ligação hormonal ou não. Condições relacionadas à estresse, dor mamilar, fissuras mamilares, pega inadequada, frênulo lingual alterado ou alterações hormonais como lactogestação (mulher que amamenta grávida), amamentação em tandem (dois bebês com idades diferentes), ciclo menstrual (TPM) e até mesmo mulheres que já sofreram de depressão anteriormente à amamentação, são alguns exemplos de gatilhos para a perturbação. É de extrema importância entender que a perturbação pode ter horários para os episódios, duração e início pontual, portanto, reconhecer os sinais e anotá-los pode auxiliar na conduta para diminuir ou mesmo sanar o sofrimento.

Diferentemente da D-MER, que está relacionada diretamente à baixa inadequada da dopamina quando o leite é ejetado.

Dentre os sintomas equivalentes ao da perturbação na amamentação, a mulher que sofre com D-MER, pode sentir irritações na pele como coceiras e formigamento acompanhando o quadro de angústia no ato da ejeção do leite. Com isso, os sintomas antecedem a ejeção do leite com uma duração entre 30 segundos a 2 minutos.

A perturbação na amamentação e a D-MER são fenômenos pouco estudados, contudo, impactam diretamente a amamentação.

Essa perturbação é pouco falada entre as mulheres que amamentam, por vergonha ou medo de julgamento, afinal, a amamentação é romantizada e, se sentir mal com o ato de amamentar é como se não amasse seu filho. No entanto, estamos aqui para informar que a perturbação e a disforia são sintomas mais comuns do que se imagina e, que independentemente da angústia se trata de fenômeno fisiológico e não psicológico, portanto necessita de acompanhamento clínico por médico, apoio psicológico por um psicólogo, além de ajuste de conduta no processo da amamentação.

Cada amamentação é única e promover uma amamentação saudável para a mãe e bebê deve ser prioridade. A amamentação deve ser prazerosa, afinal, não é apenas sobre nutrição é também de conexão e criação de afeto.

Buscar auxílio e informação permitirão tornar essa jornada mais leve!

Tudo sempre se acerta, acredite!

Amamente, cada gota faz diferença!

Autora do post: Carolina Giusti, paulistana, mãe do Alberto, Remo e Eros. Autista, e mãe atípica. Graduada em direito, especialista em direito empresarial, consultora em aleitamento materno, educadora técnica terapêutica aplicadora ABA, idealizadora da Suave Tetê Produtos Naturais e Eu.Fêmea.

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